martedì 18 febbraio 2014

A Sociedade Falhada

Ouvindo umas entrevistas tomei conhecimento de que em algumas províncias, devido a ausência de morgues, as famílias para preservar os corpos dos ente-queridos por mais uma ou duas noites injectam uma certa quantidade de gasolina nos corpos. E muitos destes corpos nem se quer foram registados nos serviços anagráficos. Por outras palavras, morrem como se nunca tivessem existido.

É paradoxal ver o nome de Angola no topo de muitas classificações sobre o desenvolvimento em África, quando nem sequer estes serviços básicos conseguimos garantir aos cidadãos.
É paradoxal ver jovens a reclamarem dos problemas do país e contemporaneamente gastarem 300$ para gozarem 5 horas de festa.
É paradoxal ver a fixação por bens de luxo da parte de angolanos que se calhar na família nem todos conseguem ter o pão quotidiano.

É claramente um problema do sistema político e social. A nossa política e a nossa sociedade até agora tem sido um fiasco. É inútil enriquecer um povo que não tem a mínima noção do que é prioritário no dia-a-dia.
Passa tudo por uma reeducação social. Porque ainda que se mude completamente a classe política, o problema não se extinguirá, porque os próximos cometerão os mesmos erros. É toda a conjuntura que não funciona.

Reiniciar o sistema. Recomeçar pela base. Só assim se poderá ter uma mínima esperança de melhoramento das nossas condições de vida.

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